Risco para doenças cardiovasculares em motoristas do transporte coletivo urbano
Resumo
Objetivo: analisar as condições da saúde de motoristas de transporte coletivo urbano, especificamente para o risco de doenças cardiovasculares. Método: estudo transversal, realizado nas estações de ônibus de Belo Horizonte, com motoristas do transporte coletivo urbano. Testaram-se associações entre as variáveis “Doenças Cardiovasculares” e “Fatores de risco”, sendo dicotomizada em “maior risco/ menor risco”, maior risco para aqueles que já possuem doenças cardiovasculares. Utilizaram-se o teste Qui-quadrado, Fisher e Regressão. Resultados: participaram 324 motoristas, apresentaram menor risco para doenças cardiovasculares - bivariada (p< 0,05), motoristas mais jovens (79,8%), com menor tempo de serviço (78,5%), não utilizam medicação contínua (83,3%), não obesos (75,3%), se alongam durante o trabalho (86,1), não fumantes (77,6%) e não relatar estresse (89,6%); Regressão: trabalhar aos finais de semana e a partir de quatro folgas mês. Conclusão: estratégias que visam reduzir os hábitos comportamentais de risco dos condutores devem ser adotados no âmbito do sistema público e por parte das empresas, para que assim possam ser desenvolvidas ações integradas de promoção e prevenção à saúde.
Palavras-chave
Referências
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