O discurso publicitário usado pelas marcas brasileiras no Instagram: os brasileiros têm complexo de vira-lata?

Eliane Meire Soares Raslan, Sanny Caroliny Cunha

Resumo


Este estudo buscou avaliar a intenção da marca de calçados Melissa ao utilizar os idiomas português e inglês no seu perfil oficial brasileiro do Instagram. Após observarmos o uso excessivo da língua estrangeira pela marca Melissa em sua comunicação com os seus consumidores, verificamos a necessidade de investigarmos a intenção da empresa ao priorizar o idioma inglês. Levantamos questões sobre a formação identitária brasileira, assim como o sentimento de inferioridade do brasileiro em relação às outras nações e como estes fatores estão relacionados à forma de interação dos empreendimentos com seus consumidores. Partimos do método de análise do discurso por Mikhail Bakhtin, ainda utilizamos o discurso dentro das práticas midiáticas por Patrick Charaudeau. Verificamos a importância da identidade brasileira e como esta deve ser destacada pelos profissionais de comunicação, uma ferramenta de estratégia publicitária que leva em consideração a valorização da cultura de cada país nas campanhas e em outras interações midiáticas.

Palavras-chave


Análise do discurso; Complexo de vira-lata; Identidade Brasileira; Interação Midiática; Publicidade.

Texto completo:

PDF

Referências


BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. Bezerra, Paulo. Notas da edição russa: Seguei Botcharov. São Paulo: Editora 34, 2016. 164pp.

BRANDÃO, Helena Hathsue Nagamine. Introdução à análise de discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

CARVALHO, Leandro. Colonização do Brasil. Brasil Escola. Disponível em < https://brasilescola.uol.com.br/historiab/colonizacao-brasil.htm > Acesso em: 06 jul. 2020.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (a era da informação: economia, sociedade e cultura)

v.1. São Paulo, Paz e Terra, 1999.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade (a era da informação: economia, sociedade e cultura, v.2). São Paulo, Paz e Terra, 1999.

CHARAUDEAU, Patrick. Tradução Angela M. S. Correa. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2013.

CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização/ Patrick Charaudeau; – 2.ed., 4° reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2019.

Com selo uebt, ekos torna visível seu respeito pela biodiversidade. Natura, 2019. Disponível em < https://www.natura.com.br/blog/inovacao/com-selo-uebt-ekos-torna-visivel-seu-respeito-pela-biodi versidade > Acesso em: 23 set. 2020.

CosméticosBR. 25.05.2017. Natura lança e-commerce nos Estados Unidos. Cosméticos BR: do setor para o setor. Estratégia. Disponível em

Acesso em: 27 mar. 2020.

DAMASCENO, Alhen. Brasilidade e publicidade: como a publicidade ressalta a identidade brasileira em sua comunicação. Logo 36. Comunicação e Entretenimento: Práticas Sociais, Indústrias e Linguagens. Vol.19, Nº 01, 1º semestre 2012.

DATAFOLHA. 02.05.2017. Um a cada três sente vergonha de ser brasileiro: diz Datafolha. VEJA, 2017. Disponível em

Acesso em: 03 abr.2020.

FERREIRA, Eduardo. Estudo sobre o discurso e presença de uma brasilidade em marcas gráficas de eventos esportivos. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Curso de Design. São Paulo, 2012. Disponível em < http://www.fau.usp.br/fauforma/2016/assets/eduardo_camillo.pdf > Acesso em: 31 ago. 2020.

FIORIN, José Luiz. A construção da identidade nacional brasileira. São Paulo, Bakhtiniana, v. 1, n. 1, p. 115-126, 1o sem. 2009

GIAROLA, Flávio Raimundo. O povo novo brasileiro: mestiçagem e identidade no pensamento de Darcy Ribeiro Revista Tempo e Argumento, vol. 4, núm. 1, enero-junio, 2012, pp. 127-140 Universidade do Estado de Santa Catarina: Florianópolis. Disponível em

Acesso em: 21 ago. 2020.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 6. ed Rio de Janeiro: DP&A, 2001. HOLLANDA, Sérgio. Buarque. Raízes do Brasil. 26ª edição. São Paulo: Cia das Letras. 2009.

KOTLER, Philip. Marketing 1. Tradução H. de Barros; São Paulo: Atlas, 1996.

. Marketing 3.0. As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Philip Kotler, Hermawan Kartajavya, Iwan Setiawan. Tradução Ana Beatriz Rodrigues. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

PIEDRAS, Elisa Reinhardat. Publicidade, Representação e Identidade: a cultura brasileira na estratégia das Havaianas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. Disponível em

Acesso em: 25 nov. 2020.

MOITA LOPES, Luiz. Paulo. Linguística Aplicada e vida contemporânea. Problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (org).Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. p.85-107.

MONTEIRO, Marcelo. Jogos inesquecíveis da Copa: Brasil x Uruguai, uma decisão única. Globo Esporte, 2018. Disponível em

-x-uruguai-uma-decisao-unica.ghtml> Acesso em: 03 abr. 2020.

MORAES, Sylvia Therezinha de Almeida; SENRA, Melissa; ROCHA, Angela da. A

Internacionalização da marca Melissa. Revista Brasileira de Casos de Ensino em Administração, v. 2, n. 1, p. 6, 2012.

OLIVEIRA, Felipe; MOURA, Julia. Natura compra Avon e se torna a 4° maior empresa do seguimento de beleza. Folha de São Paulo, 2019. Disponível em

Acesso em: 27 mar. 2020.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

RIBEIRO, Darcy. Os Brasileiros: Livro I – Teoria do Brasil. Petrópolis: Vozes, 1978.

RODRIGUES, Nelson. Crônica: Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética. S/n. In: A Pátria de chuteiras. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira Participações S.A. 2013. 108 p.

PRESTES MOTTA, Fernando.; ALCADIPANI, Rafael.; BRESLER, Ricardo. A Valorização do Estrangeiro como Segregação nas Organizações. Rac, v. Edição Esp, p. 59–79, 2001.

SECO, Ana Paula. Século inglês. Unicamp. Disponível em

Acesso em 03 dez. 2019.

THIESSE. Anne-Marie. La création des identités nationales. Europe XVIIIe - XXe siècle. Paris: Editions du Seuil, 1999.




Direitos autorais 2022 Eliane Meire Raslan, Sanny Caroliny Cunha, Sanny Caroliny Cunha

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.

 

AVISO | e-COM

Até 31 de agosto de 2024, a revista e-Com (https://revistas.unibh.br/ecom/index) recebe artigos, resenhas, traduções e entrevistas para sua próxima edição (v. 17/ 2024).

Desde já, muito obrigado!

Maurício Guilherme Silva Jr.

Editor da revista e-Com

 [[email protected]]| https://revistas.unibh.br/ecom/index]

Normas da publicação


1. A revista e-Com (https://revistas.unibh.br/ecom/index) aceita artigos, resenhas e entrevistas para publicação. Todos os textos devem ser inéditos em sua especialidade: resultados de pesquisas; resenhas e recensões críticas de obras científicas recém-publicadas nas áreas de mídia, cultura, sociedade, novas tecnologias, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, semiótica etc. (Obs.: Não serão aceitos capítulos de dissertações ou teses em que essa condição possa ser constatada no texto.)

2. O material para publicação deverá ser encaminhado, por meio eletrônico, após cadastro do autor do endereço eletrônico da revista: https://revistas.unibh.br/ecom/index.

3. Todos os trabalhos deverão ser enviados, por meio do programa Microsoft Word for Windows, em fonte Times New Roman, corpo 12 e espaço 1,5.

4. De cada autor ou conjunto de autores, só será aceito, para publicação, um artigo por ano.

5. O(s) autor(es) deve(m) ser graduado(s), mestre(s) ou doutor(es). Não serão aceitos trabalhos de alunos sem a coautoria de seus respectivos orientadores.

6. Os trabalhos encaminhados devem ter de 10 a 20 páginas.

7. O material a ser publicado deve ser acompanhado de folha de rosto, com indicação de título; autor ou autores; instituição em que trabalha cada autor e atividade exercida na referida instituição; titulação acadêmica de cada autor; e-mail para contato.

8. Artigos e resenhas devem ser formatados em página A4, com espaçamento 1,5 e em fonte Times New Roman, 12. No caso de artigos, os textos devem ter de 10 a 20 páginas; no caso de resenhas, o limite são 5 páginas. Os artigos precisam conter:

a) Título (a expressar o conteúdo e a ideia geral do texto);

b) Resumo de até 10 linhas, em português;

c) Palavras-chave;

d) Nome do autor;

e) Em nota de rodapé, deve constar a titulação e a instituição da maior titulação do(s) autor(es), programa(s)/instituição(ões) ao(s)/à(s) qual(is) está(ão) vinculado(s) e e-mail.

f)  Pede-se, ainda, um abstract, em inglês, de até 10 linhas, para fins de indexação.

g) Também é preciso revelar se o texto já foi apresentado em congressos, simpósios, seminários etc.

h) As referências bibliográficas (Exemplo: SOBRENOME, Nome. Título do Livro. Cidade: editora, ano.) devem aparecer, em ordem alfabética, ao final do artigo.

9. Ilustrações, gráficos e tabelas (indicar a fonte quando não forem originais do trabalho), com as respectivas legendas e/ou numerações, deverão vir em folhas separadas, indicando-se, no texto, o lugar onde devem ser inseridos.

10. As notas de rodapé devem figurar ao pé da página em que seu número aparece. As notas de indicação bibliográfica, em pé de página, devem ser apresentadas observando-se a seguinte norma: sobrenome do autor em maiúsculas, título do livro ou texto consultado e número da página.

11. As referências deverão aparecer completas, ao final do artigo, em ordem alfabética de sobrenome de autor, atendendo-se às regras para indicação bibliográfica, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujos elementos básicos especificamos a seguir:

Citação de artigo de revista deverá conter: autor(es) do artigo, título do artigo, título da revista grifado, local da publicação, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final do artigo citado, mês e ano da publicação;

Citação de capítulo de livro deverá conter: autor(es), título do capítulo, organizador(es) da coletânea, título do livro grifado, número da edição (a partir da segunda), local de publicação, editora, data, página inicial e final do capítulo.

Citação de livro deverá conter: autor(es), título grifado, número da edição (a partir da segunda), local de publicação, editora, data, número total de páginas.

12. As páginas deverão ser numeradas na margem superior direita.

13. O material deverá vir devidamente revisado pelo autor. A Comissão Editorial terá direito de realizar nova revisão e alterações necessárias.

14. Os autores serão informados sobre a publicação ou não de seus artigos, desde que forneçam endereço eletrônico. A Comissão Editorial não se responsabilizará pela comunicação dessa informação aos autores que tiverem as mensagens eletrônicas a eles endereçadas devolvidas pelos provedores, por razões alheias à própria Comissão. Não serão emitidos, nem remetidos aos autores, pareceres escritos sobre artigos não aceitos.

 

ISSN: 1983-0890