A ideia de atraso e o papel da educação na modernização portuguesa da segunda metade do século XVIII
Resumo
eoi/doi Deposit-Electronic Object Identifier
http://eoi.citefactor.org/10.11248/ehum.v5i2.868RESUMO: Neste artigo, discute-se as ideias de atraso e de reforma como elementos-chave para se compreender o papel da educação no processo reformista em Portugal, na segunda metade do século XVIII. Analisando algumas ideias de D. Luiz da Cunha, Antonio Nunes Ribeiro Sanches e Luiz Antonio Verney, argumenta-se que a ideia de atraso foi fundamental para legitimar e justificar a necessidade de reformas do período pombalino. Assim, pretende-se contribuir para uma melhor compreensão do contexto das ideias no governo de D. João V e seus efeitos no governo de D. José I, no âmbito do debate historiográfico sobre o Iluminismo em Portugal.
PALAVRAS-CHAVE: Educação; Iluminismo; Portugal; Século XVIII.
ABSTRACT: This article discusses the ideas of delay and reform as key elements to understand the role of education in the portuguese reformist process during the second half of the XVIII Century. Analyzing some ideas of D. Luiz da Cunha, Antonio Nunes Ribeiro Sanches and Luiz Antonio Verney, the argument is that the delay was fundamental to legitimize and justify the need of reforms in the pombalino period. Therefore, it intends to contribute for a better comprehension of the ideas in the D. João V government context, its effects in the government of D. José I and for the historiographic debate on the Enlightenment in Portugal.
KEYWORDS: Education; Enlightenment; Portugal XVIII Century.
Recebido: 30/06/2012 Aceito:19/10/2012
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
Referências:
ANDRADE, António Alberto Banha de. Vernei e a cultura de seu tempo. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1966.
_____. Verney e a projecção de sua obra. Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, 1980.
ARAÚJO, Ana Cristina. Dirigismo cultural e formação de elites no Pombalismo. In: O Marquês de Pombal e a Universidade. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2000.
Cf. KOSELLECK, Reihart. Crítica e Crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: EDUERJ: Contraponto, 1999.
ARAÚJO, José de. Reflexões apologéticas a obra entitulada Verdadeiro método de estudar. Valência: Na oficina de Antonio Balle, 1748.
AUSTIN, John Langshaw. Quando dizer é fazer. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
CALAFATE, Pedro (coord.). Portugal como problema: séculos XVII e XVIII - da obscuridade profética à evidência geométrica. v. 2. Lisboa: Fundação Luso- Americana / Público, 2006.
CARDIM, Pedro. Processo político (1621-1807). In: MATTOSO, José (Org.). História de Portugal. v. 4. Rio de Janeiro: Editorial Estampa, 1998. p. 401-428.
CARDOSO, José Luis (Org.) Portugal como Problema. A economia como solução (1625-1820): do mercantilismo à Ilustração. v. 5. Lisboa, Fundação Luso-Americana / Público, 2006.
CARVALHO JR., Eduardo Teixeira de. A questão do Iluminismo em Portugal: uma análise da obra de Verney. Curitiba, 2005. 76 f. Dissertação (Mestrado em História) - Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná.
CARVALHO, Flavio Rey de. Um Iluminismo português? A reforma da Universidade de Coimbra (1772). São Paulo: Annablume, 2008.
DIAS, José Sebastião da Silva. Portugal e a Cultura Europeia. Coimbra: Editora: Coimbra, 1952.
FRANCO, José Eduardo. A ideia de Europa nas reformas pombalinas da educação. Anais do Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Uberlândia, abr. 2006. Disponível em: http//www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos590/jose_eduardo_
franco.pdf > Acesso em: 15. abr. 2012.
HESPANHA, António Manuel; SILVA, Ana Cristina Nogueira. A identidade
portuguesa. In: MATTOSO, José (Coord.). História de Portugal. v. 4. Rio de Janeiro: Editorial Estampa, 1998. p. 19-32.
KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: que é “esclarecimento”? Petrópolis: Vozes, 2005.
KOSELLECK, Reihart. Crítica e Crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: EDUERJ: Contraponto, 1999.
MONCADA, Luis Cabral de. Um Iluminista Português do Século XVIII: Luís Antonio Verney. Coimbra: Arménio Amado, 1941.
MOTA, Isabel Ferreira da. A Academia Real da História: os intelectuais, o poder cultural e o poder monárquico no séc. XVIII. Coimbra: Edições Minerva, 2003.
NEVES, Lucia Maria Bastos Pereira das. Corcundas e Constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan / FAPERJ, 2003.
NOVAIS, Fernando Antônio. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Editora Hucitec, 1989.
OLIVEIRA, Ricardo. A monarquia portuguesa e as metamorfoses do império na primeira metade do século XVIII. Memória, História e Historiografia. Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. 20, p. 95-122, jul/dez.2009.
SANCHES, António Nunes Ribeiro. Cartas para a educação da mocidade. Covilhã (Portugal): Universidade da Beira Interior, 2003.
SANTOS, Antonio Cesar de Almeida. Aritmética política e a administração do estado português na segunda metade do século XVIII. In: DORÉ, Andréa; SANTOS, Antonio Cesar de Almeida (Orgs.). Temas setecentistas: governos e populações no Império português. Curitiba: UFPR / Fundação Araucária, 2009, p. 143-152.
_____. Para a instrução dos homens encarregados dos negócios públicos no final do Antigo Regime português. In: FONSECA,Thais Nivia de Lima e (Orgs.). As Reformas Pombalinas no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2011, p. 205-226.
SERRÃO, José Vicente. Pensamento econômico e política econômica no período pombalino: o caso de Ribeiro Sanches. Ler História, Lisboa, n. 9, p. 3-39, 1986.
SILVA, Ana Rosa Cloclet da. Inventando a Nação: Intelectuais ilustrados e
estadistas luso-brasileiros na crise do Antigo Regime (1750-1822). São Paulo: HUCITEC / FAPESP, 2006.
SKINNER, Quentin. Visões da política: sobre os métodos históricos. Algés: Difel, 2005.
SUBTIL, José. O processo político (1621-1807). In: MATTOSO, José (Cord.). História de Portugal. v. 4. Rio de Janeiro: Editorial Estampa, 1998.
VENTURI, Franco. Utopia e Reforma no Iluminismo. Bauru: EDUSC, 2003.
VERNEY, Luis Antonio de. Carta escrita de Roma em 1786 ao Padre Joaquim de Foyos. In: MONCADA, Luis Cabral de. Um Iluminista Português do Século XVIII: Luís Antonio Verney. Coimbra: Arménio Amado, 1941.
_____. Respostas as reflexões que o R.P.M.Fr. Arsenio da Piedade Capucho fez ao livro intitulado: Verdadeiro método de estudar. v. 3. Valência: Na oficina de Antonio Balle, 1748.
_____. Verdadeiro Método de Estudar. v. 1. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1950.
##plugins.generic.alm.title##
Metrics powered by PLOS ALM
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2012 Eduardo Teixeira de Carvalho Jr.
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.